domingo, 6 de abril de 2008

Blindness - Teaser Trailer

August Rush- O Som Do Coração

Largado num orfanato à nascença, Evan Taylor (Freddie Highmore) desde cedo revela um talento especial para a música. Movido apenas pelo instinto decide abandonar o orfanato e partir para Nova Iorque para procurar os seus pais, onde é acolhido por um vagabundo (Robin Williams) que tenta aproveitar-se do talento do jovem prodígio para seu proveito próprio. Enquanto isso, os seus pais (Keri Russel e Jonathan Rhys Meyers), separados pelo destino, iniciam também uma jornada na qual a música se revela fundamental.

Em linhas muito gerais, August Rush é apenas mais um entre muitos outros filmes do género. Típico filme de família, com contornos de fábula, o argumento não consegue evitar afundar-se em clichés e momentos em que o melodrama parece ultrapassar o limite do razoável, acabando por destruir uma premissa que bem desenvolvida até poderia ser interessante.

Kristen Sheridan, que até já esteve nomeada para o Oscar® de melhor argumento por Na América, acaba por ser vítima dos seus argumentistas neste filme, uma vez que enquanto realizadora cumpre um trabalho bom, ainda que também não acrescente nada de novo. Os únicos pontos de valor neste filme vão para as interpretações e a música. A banda sonora está muito bem desenvolvida, como era de prever num filme em que grande parte da história gira em torno da música, o que por um lado abrilhanta o filme, mas por outro destrói a credibilidade da história, uma vez que seria bastante difícil para uma criança produzir música de tão elevada complexidade. Já do elenco, bem composto, destaca-se um notável desempenho de Keri Russell como uma mãe desesperada, e Freddie Highmore, que continua a prometer bastante. Bem acompanhados por Jonathan Rhys Meyers e Terrence Howard, quem acaba por desiludir mesmo é Robin Williams, de quem se espera sempre muito, mas que se mostra neste filme incapaz de dar o contributo do costume, também por culpa da personagem muito limitada que interpreta.

Esse é mesmo um dos maiores defeitos de toda a narrativa, o pouco espaço que dá ás suas personagens para se desdobrarem em mais do que simples estereótipos, impedindo que a obra tenha mais valor de que um conto pouco plausível com o típico final feliz. As relações entre as personagens resumem-se apenas a alguns momentos no início do filme, servindo o tempo restante para alguns desenvolvimentos pouco significantes para o desenrolar da história, que poderiam muito bem terem sido omitidos de forma a maturar a obra.

Um bom filme para passar o tempo, mas pouco mais que isso.

Classifição: 2/5